9 de novembro de 2010

Literatura erótica: Uma visão Panorâmica

 
O erotismo é um tema tão interessante que não poderia ficar de fora do nosso blog. É com grande prazer, que esse tema também será abordado. Todo ser humano é um ser dotado de desejo, constantemente sedento e quase sempre insatisfeito. O erotismo literário é entendido como exaltação do gosto sensual até o ponto de excitar o instinto de volúpia de seus leitores, não se trata apenas de um estilo puramente comercial,  como pensam os leigos, é algo que vai além, o sexo é muito importante para se entender a complexidade da nossa conduta.

Será possível notar em textos que postarei futuramente, a provável presença de palavras obscenas, picantes, talvez a presença de certa pornografia - a irmã siamesa do erotismo - entretanto, não se pretende aqui esconder ou modificar tais palavras pois seria triste se censurássemos obras tão maravilhosas.

Quero que se entenda sem demais hipocrisias que "pornografia é o erotismo dos outros" (Alain Robbe), ou ainda, que "tudo que é erótico é essencialmente pornográfico, com alguma coisa a mais" (Alexandrian).

Como "guia de leitura", citarei algumas obras dentro do grande quadro de literatura erótica, como o Decamerón de Bocaccio, o moralista Marquês de Sade; a brasileira Hilda Hilst; uma lista interminável de poetas tais como: Gautier, Baudelaire, Aragon, Bataille. E sem esquecer-se do clássico mil e uma noites, e também do livro Cânticos dos Cânticos de Salomão da bíblia cristã, entre outros.

Em sua ligação com o imaginário, a literatura erótica consegue ultrapassar de seu plano meramente explícito e conduzir autores e leitores a uma jornada de descobertas e idéias, com seus desejos ocultos. E enquanto houver segredos, haverá o erotismo se encarregando de dar vazão dos sonhos à vida real.

"Margot, olhe minha vara Ama, agora convidativa Que a manhã já chega e acaba, com a vida. Quando a morte dura nos encontre, E de uma vez nos enterre no foso profundo, Adeus às volúpias amorosas, Que nunca as Escritura deram fatos Sobre foder em outro mundo.”( de Maynard, poeta francês do Século 17, contemporâneo de Quevedo).

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